Projeto Morada da Cidadania

Apresentação:

Levantamento realizado em 2008 pelo Ministério das Cidades revela que o déficit habitacional no Amazonas com forte concentração nas camadas mais pobres da população chegava naquele ano a 132.224 unidades. Apesar de elevado em relação às estimativas que se tinha sobre o tamanho do problema, o número foi aproximadamente 38% menor que o verificado em 2005, quando o déficit no Estado chegou a 212.487 unidades.

De 2007 para 2008, a redução foi de 14.044 moradias no Amazonas, saindo de 146.268 para 132.224,  uma queda de 9,6%, o que ajudou o Estado a sair da 12ª para a 13ª posição no ranking nacional.  Em 2005, o déficit correspondia a 25,8% dos domicílios registrados no Estado e caiu para 17,1%, na pesquisa de 2008. A maior parte do déficit (120.363) foi registrada na área urbana e a restante na  rural (11.861). Em 2005, essa proporção era de 163.562 domicílios na área urbana e 48.925 na rural.

Ao todo, foram registradas 72 mil habitações em coabitação familiar, das quais 66.404 na zona urbana e  5.596 na área rural. Em 2000, a participação era de 76,5%. Em 2005 ela caiu para 53,3%, subindo para 71,2% em 2006. No ano seguinte, o indicador caiu para 65,9%. A pesquisa exclui as pessoas que coabitam por questões não financeiras e considera apenas as que declaram interesse em construir um domicílio.

O levantamento baseou-se na metodologia elaborada pela Fundação João Pinheiro, adotado oficialmente pelo Ministério das Cidades. A metodologia abrange um conceito amplo de necessidades habitacionais que engloba tanto o déficit habitacional, que se refere à necessidade de construção de novas moradias para a solução de problemas sociais de habitação detectados, como também a inadequação de domicílios, e justamente são estes os problemas que a política pública orienta para atacar.

“O conceito de déficit habitacional está ligado diretamente às deficiências do estoque de moradias. Engloba tanto aquelas moradias sem condições de serem habitadas devido à precariedade das construções ou em virtude de terem sofrido desgaste da estrutura física e que devem ser repostas, quanto à necessidade de incremento do estoque, decorrente da coabitação familiar ou da moradia em locais destinados a fins não residenciais.

“O déficit habitacional pode ser entendido, portanto, como “déficit por reposição de estoque” e como “déficit por incremento de estoque”.

As habitações inadequadas são as que não proporcionam a seus moradores condições desejáveis de habitabilidade, o que não implica, contudo, necessidade de construção de novas unidades. “Seu dimensionamento visa ao delineamento de políticas complementares à construção de moradias, voltadas à melhoria do estoque já existente.”

A Transversalidade e Importância da Habitação Popular

Alem do sonho a habitação desempenha três funções diversas: social, ambiental e econômica. A função social se refere ao abrigo da família e é um dos fatores do seu desenvolvimento, pois acomoda as tarefas primárias de alimentação, de descanso, bem como o convívio social.

Assim, considera se que a habitação deve atender primeiramente o os princípios básicos de habitabilidade, segurança e salubridade. No que diz respeito à função ambiental, a apropriada inserção da habitação no meio urbano é fundamental para garantir o acesso a infra-estrutura, saúde, educação, transportes, trabalho e lazer, além de determinar o impacto destas estruturas sobre os recursos naturais disponíveis.

Em grande parte das cidades e da zona rural dos municípios do interior do amazonas, a habitação não é apenas cenário das tarefas domésticas, cotidianas, mas espaço que também abriga atividades de trabalho, como pequenos comércios e serviços.

Nesta conjuntura, pode-se observar um estreito vínculo entre moradia e trabalho, de forma que as funções, social e econômica se mesclam. Outro aspecto da função econômica da habitação é o processo da sua produção, que oferece oportunidades de geração de emprego e renda, mobilizando vários setores da economia local e influenciando os mercados imobiliários e de bens e serviços.

No Amazonas, 95,8% do déficit se concentra na faixa de renda de até cinco salários mínimos, 84,3% até três salários e 11,5%, em mais de três a cinco salários. Ainda segundo o levantamento de 2008, 55,2% das moradias que faltam nas áreas urbanas do Amazonas correspondem a pessoas em coabitação familiar, ou seja, que moram com famílias com residência permanente, mas que querem sua própria casa. Na zona rural, essa proporção chega a 47,2%.

Para esta faixa de renda, praticamente a única alternativa é a busca de fontes de recursos não onerosos, como é o caso do OGU – Orçamento Geral da União.

PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA NO CAMPO

Visa atender as necessidades do brasileiro que vive no campo e nunca teve acesso a crédito facilitado para a casa própria. O programa injetara 2 bilhões de reais do Orçamento da União e do Fundo de Garantia (FGTS) que devem ajudar a mudar esse cenário nos próximos quatro anos. A meta é construir 60 mil casas, a maioria para indígenas, extrativistas, quilombolas, pescadores artesanais e agricultores familiares, que ganham até R$ 10 mil por ano.

A Caixa teve necessidade de alterar a estrutura administrativa, a pedido dos movimentos sociais do campo, pois os métodos de trabalho são diferentes nas cidades. Não é preciso, por exemplo, compra de terreno. Como também não é possível usar redes de esgoto semelhantes às urbanas e os problemas de logística e administração são diferentes.

No campo, é difícil contratar empresas com ganhos de escala, porque as casas são feitas a quilômetros uma das outras. Isso implica soluções de construção diferentes de erguer prédios. Ao invés de empreiteiras, a Caixa tem de se relacionar com o público por meio de contratos coletivos com entidades civis, prefeituras e governos estaduais para projetos de quatro a 50 famílias cada.

A entidade, que pode também ser uma cooperativa de produção ou associação de moradores, apresenta os projetos de engenharia e financeiros. Ela deve ter capacidade de tocar a obra e contratar os profissionais necessários. Uma das novidades do Minha Casa Minha Vida 2 é que o projeto todo será financiado. A primeira versão pagava parte e a entidade (governamental ou não) tinha de dar uma contrapartida, o que obrigava que estivessem capitalizadas para tomar o crédito.

Neste contexto, é que apresentamos este projeto-padrão de unidade habitacional popular, construída 100% em madeira, visando atingir principalmente aos seguintes objetivos:

  • Auxiliar aos municípios do interior, mais carentes de recursos materiais e humanos, os quais têm muitas vezes, grande dificuldade para contratar projetos arquitetônicos e complementares.
  • Redução dos custos na aquisição e transportes de materiais (cimento, Tijolo, Ferro etc.) que são produzidos e comercializados apenas em Manaus e região metropolitana.
  • Aumentar a eficácia dos programas habitacionais, uma vez que, dadas às dificuldades dos agentes, muitos contratos assinados aguardam um ou mais anos até que ocorra o primeiro desembolso de recursos e mais ainda até que o beneficiário final possa se instalar na nova casa.
  • Sinalizar para os agentes envolvidos o nível de qualidade e detalhamento que julgamos necessário para a análise do empreendimento, execução da obra e, conseqüentemente, boa aplicação do recurso público.

O Projeto Morada da Cidadania será desenvolvido pela Cooperflora e atuará justamente na vertente ligada à construção de novas unidades habitacionais como também na melhoria do estoque de habitação já existente, através do assessoramento técnico, na pré-fabricação e no processo construtivo das habitações, inicialmente no âmbito dos municípios que compõe a Micro Região do Madeira/Amazonas.

Este projeto embrionário será um conjunto de ações integradas entre as Prefeituras Municipais, Cooperflora, Organizações da Sociedade Civil e lideranças rurais e comunitárias da micro região do Madeira, o projeto tem como objetivo propiciar moradias dignas, gerar emprego e renda, inclusão social e resgate da cidadania.

A especificação utilizada visa atender justamente àqueles municípios que, devido à extrema escassez de recursos, necessitam de uma unidade habitacional de qualidade em condições de habitabilidade satisfatórias com mínimo custo, para atender ao maior número possível de famílias dentre as que hoje estão contribuindo para nosso gigantesco déficit habitacional.

DÉFICIT HABITACIONAL DA MICRO REGIÃO DO MADEIRA/2000

Caracterização dos Municípios da Micro Região do Madeira

Municipio de Apuí - Síntese das Informações

  População em 2000 – 13.864 Habitantes

Censo 2010 - Primeiros Resultados

População Total

18.059

Pessoas

Homens

9.571

 

Mulheres

8.488

 

População Urbana

10.606

 

População rural  

7.453

 

Base Territorial

Área da unidade territorial

54.240

Km²

Densidade demográfica

3

Habitantes/Km²

Representação Política 2006

Eleitorado

7.532

Eleitores

Produto Interno Bruto do Município 2008

PIB per capita a preços correntes

8.276,13

Reais

Ensino - matrículas, docentes e rede escolar 2009

Matrícula - Ensino fundamental - 2009

3.096

Matrículas

Matrícula - Ensino médio – 2009

612

Matrículas

Docentes - Ensino fundamental - 2009

129

Docentes

Docentes - Ensino médio – 2009

42

Docentes

Serviços de Saúde 2009

Estabelecimentos de Saúde SUS

6

  Estabelecimentos

Estatísticas do Registro Civil 2009

Nascidos vivos - registrados - lugar do registro

335

    Pessoas

Finanças Públicas 2008

Receitas orçamentárias realizadas - Correntes

21.054.146,75 

Reais

Despesas orçamentárias realizadas - Correntes 

16.781.763,59

Reais

Valor do Fundo de Participação dos Municípios - FPM

8.274.417,96

Reais

Estatísticas do Cadastro Central de Empresas 2008

Número de unidades locais

178

Unidades

Pessoal ocupado total  

874

Pessoas

                          Habitações 2.010

Domicílios particulares

4.701

Domicílios particulares ocupados

4.525

Domicílios particulares não-ocupados fechados

95

Domicílios particulares não-ocupados de uso ocasional

49

Domicílios particulares não-ocupados vagos

32

Domicílios coletivos

19

Domicílios coletivos com morador

12

Domicílios coletivos sem morador

7

                        Mapa de Pobreza e Desigualdade -2003

Incidência da Pobreza

34,70

%

Limite inferior da Incidência de Pobreza

20,36

%

Limite superior da Incidência de Pobreza

49,03

%

Incidência da Pobreza Subjetiva

43,00

%

Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva

42,62

%

Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva

43,39

%

Índice de Gini

0,46

 

Limite inferior do Índice de Gini

0,41

 

Limite superior do Índice de Gini

0,51

 

 

Municipio de Borba - Síntese das Informações

População em 2000 – 28.619 Habitantes

Censo 2010 - Primeiros Resultados

População Total

34.452

Pessoas

Homens

17.953

 

Mulheres

16.499

 

População urbana

14.409

 

População rural

20.043

 

Base Territorial

Área da unidade territorial

44.252

Km²

Densidade Demográfica

1,28

Habitantes/km²

Representação Política 2006

Eleitorado

15.315

Eleitores

Produto Interno Bruto dos Municípios 2008

PIB per capita a preços correntes

3.394,98

Reais

Ensino - matrículas, docentes e rede escolar 2009

Matrícula - Ensino fundamental - 2009

8.739

Matrículas

Matrícula - Ensino médio – 2009

969

Matrículas

Docentes - Ensino fundamental - 2009

422

Docentes

Docentes - Ensino médio – 2009

73

Docentes

Serviços de Saúde 2009

Estabelecimentos de Saúde SUS

7

estabelecimentos

Estatísticas do Registro Civil 2009

Nascidos vivos - registrados - lugar do registro

1.239

pessoas

Finanças Públicas 2008

Receitas orçamentárias realizadas - Correntes

34.687.524,29

Reais

Despesas orçamentárias realizadas - Correntes

28.932.468,62

Reais

Valor do Fundo de Participação dos Municípios - FPM

11.032.557,23

Reais

Estatísticas do Cadastro Central de Empresas 2008

Número de unidades locais

83

Unidades

Pessoal ocupado total

1.585

Pessoas

                         Habitações 2.010

Domicílios particulares

7.662

Domicílios particulares ocupados

6.459

Domicílios particulares não-ocupados fechados

203

Domicílios particulares não-ocupados de uso ocasional

491

Domicílios particulares não-ocupados vagos

509

Domicílios coletivos

18

Domicílios coletivos com morador

4

Domicílios coletivos sem morador

14

                         Mapa de Pobreza e Desigualdade -2003

Incidência da Pobreza

60,84

%

Limite inferior da Incidência de Pobreza

52,16

%

Limite superior da Incidência de Pobreza

69,53

%

Incidência da Pobreza Subjetiva

75,52

%

Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva

72,94

%

Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva

78,09

%

Índice de Gini

0,44

 

Limite inferior do Índice de Gini

0,38

 

Limite superior do Índice de Gini

0,50

 
 

Municipio de Humaitá - Síntese das Informações

População em 2000 – 32.796 Habitantes

Censo 2010 - Primeiros Resultados

População

44.116

Pessoas

Homens

23.115

 

Mulheres

21.001

 

População urbana

30.475

 

População rural

13.641

 

Base Territorial

Área da unidade territorial

33.072

Km²

Densidade Demográfica

0,74

Habitantes/km²

Representação Política 2006

Eleitorado

20.604

Eleitores

Produto Interno Bruto dos Municípios 2008

PIB per capita a preços correntes

4.649,38

Reais

Ensino - matrículas, docentes e rede escolar 2009

Matrícula - Ensino fundamental – 2009

11.075

Matrículas

Matrícula - Ensino médio – 2009

1.511

Matrículas

Docentes - Ensino fundamental – 2009

482

Docentes

Docentes - Ensino médio – 2009

90

Docentes

Serviços de Saúde 2009

Estabelecimentos de Saúde SUS

10

Estabelecimentos

Estatísticas do Registro Civil 2009

Nascidos vivos - registrados - lugar do registro

1.279

Pessoas

Finanças Públicas 2008

Receitas orçamentárias realizadas – Correntes

41.895.933,54

Reais

Despesas orçamentárias realizadas - Correntes

31.290.916,55

Reais

Valor do Fundo de Participação dos Municípios - FPM

10.353.603,16

Reais

Estatísticas do Cadastro Central de Empresas 2008

Número de unidades locais

308

Unidades

Pessoal ocupado total

2.129

Pessoas

                     Habitações 2010

Domicílios particulares

10.209

Domicílios particulares ocupados

9.512

Domicílios particulares não-ocupados fechados

351

Domicílios particulares não-ocupados de uso ocasional

200

Domicílios particulares não-ocupados vagos

146

Domicílios coletivos

28

Domicílios coletivos com morador

15

Domicílios coletivos sem morador

13

                         Mapa de Pobreza e Desigualdade -2003

Limite inferior da Incidência de Pobreza

49,99

%

Limite superior da Incidência de Pobreza

61,82

%

Incidência da Pobreza Subjetiva

62,62

%

Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva

61,85

%

Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva

63,40

%

Índice de Gini

0,48

 

Limite inferior do Índice de Gini

0,44

 

Limite superior do Índice de Gini

0,52

 
 

Municipio de Manicoré - Síntese das Informações

População em 2.000 -38.038 Habitantes

Censo 2010 - Primeiros Resultados

População

47.011

Pessoas

Homens

24.681

 

Mulheres

22.330

 

População urbana

20.347

 

População rural

26.664

 

Base Territorial

Área da unidade territorial

48.283

Km²

Densidade Demográfica

1,02

Habitantes/km²

Representação Política 2006

Eleitorado

19.894

Eleitores

Produto Interno Bruto dos Municípios 2008

PIB per capita a preços correntes

4.680,77

Reais

Ensino - matrículas, docentes e rede escolar 2009

Matrícula - Ensino fundamental – 2009

10.883

Matrículas

Matrícula - Ensino médio – 2009

1.749

 Matrículas

Docentes - Ensino fundamental – 2009

501

 Docentes

Docentes - Ensino médio – 2009

95

 Docentes

Serviços de Saúde 2009

Estabelecimentos de Saúde SUS

13

Estabelecimentos

Estatísticas do Registro Civil 2009

Nascidos vivos - registrados - lugar do registro

1.099

 Pessoas

Finanças Públicas 2008

Receitas orçamentárias realizadas – Correntes

40.746.834,14

Reais

Despesas orçamentárias realizadas – Correntes

32.160.566,24

Reais

Valor do Fundo de Participação dos Municípios - FPM

13.608.860,76

 Reais

Estatísticas do Cadastro Central de Empresas 2008

Número de unidades locais

493

 Unidades

Pessoal ocupado total

1.472

 Pessoas               

                         Habitações 2010

Domicílios particulares

10.488

Domicílios particulares ocupados

9.560

Domicílios particulares não-ocupados fechados

4

Domicílios particulares não-ocupados de uso ocasional

449

Domicílios particulares não-ocupados vagos

475

Domicílios coletivos

53

Domicílios coletivos com morador

12

Domicílios coletivos sem morador

41

                   Mapa de Pobreza e Desigualdade -2003

Incidência da Pobreza

50,73

%

Limite inferior da Incidência de Pobreza

42,76

%

Limite superior da Incidência de Pobreza

58,70

%

Incidência da Pobreza Subjetiva

65,25

%

Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva

61,91

%

Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva

68,60

%

Índice de Gini

0,41

 

Limite inferior do Índice de Gini

0,37

 

Limite superior do Índice de Gini

0,45

 

 

Municipio de Novo Aripuanã - Síntese das Informações

                                                                       População em 2.000 - 17.119 Habitantes

Censo 2010 - Primeiros Resultados

População

21.389

Pessoas

Homens

11.405

 

Mulheres

9.984

 

População urbana

14.079

 

População rural

7.310

 

Base Territorial

Área da unidade territorial

41.189

Km²

Densidade demográfica

1,92

Habitantes/km²

Representação Política 2006

Eleitorado

9.494

Eleitores

Produto Interno Bruto dos Municípios 2008

PIB per capita a preços correntes

4.168,59

Reais

Ensino - matrículas, docentes e rede escolar 2009

Matrícula - Ensino fundamental – 2009

4.489

Matrículas

Matrícula - Ensino médio – 2009

677

Matrículas

Docentes - Ensino fundamental – 2009

242

Docentes

Docentes - Ensino médio – 2009

54

Docentes

Serviços de Saúde 2009

Estabelecimentos de Saúde SUS

7

Estabelecimentos

Estatísticas do Registro Civil 2009

Nascidos vivos - registrados - lugar do registro

499

Pessoas

Finanças Públicas 2008

Receitas orçamentárias realizadas - Correntes

20.619.673,51

Reais

Despesas orçamentárias realizadas - Correntes

15.896.988,37

Reais

Valor do Fundo de Participação dos Municípios - FPM

8.274.417,96

Reais

Estatísticas do Cadastro Central de Empresas 2008

Número de unidades locais  

119

Unidades

Pessoal ocupado total

587

Pessoas

                          Habitações 2010

Domicílios particulares

4.859

Domicílios particulares ocupados

4.178

Domicílios particulares não-ocupados fechados

102

Domicílios particulares não-ocupados de uso ocasional

295

Domicílios particulares não-ocupados vagos

284

Domicílios coletivos

26

Domicílios coletivos com morador

10

Domicílios coletivos sem morador

16

                   Mapa de Pobreza e Desigualdade -2003

Incidência da Pobreza

75,45

%

Limite inferior da Incidência de Pobreza

68,14

%

Limite superior da Incidência de Pobreza

82,76

%

Incidência da Pobreza Subjetiva

85,49

%

Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva

77,27

%

Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva

93,71

%

Índice de Gini

0,40

 

Limite inferior do Índice de Gini

0,35

 

Limite superior do Índice de Gini

0,45

 
 

Projeto Morada da Cidadania – Definições Gerais

O projeto ora apresentado foi desenvolvido a partir de definições técnicas que deverão ser consideradas para a utilização deste material. Assim, seguem alguns aspectos gerais:

Tipologia Construtiva: A proposta arquitetônica, especificações e métodos construtivos adotados foram definidos a partir de um conjunto de edificações não habitualmente executadas nos programas oficiais de habitação, contudo, a proposta reflete o caráter socioeconômico do amazonas, como também a realidade das Habitações comumente construídas no interior do Estado sendo de preferência da população local.

Trata-se de um projeto de habitação popular de baixo custo que propõe diminuir o déficit habitacional do interior do Amazonas, valorizando a madeira legal de alta e media densidade como material de construção principal, agregando valor à floresta com soluções inovadoras, as unidades são de montagem rápida, bastante simples e com ótimas condições de habitabilidade.

A madeira deveria ser a primeira opção para a construção de habitação popular na Amazônia. No entanto é vista, equivocadamente, como material alternativo. “Tem disponibilidade natural e abundante, possui elevada resistência mecânica, conforto térmico, beleza, trabalhabilidade, facilidade de tratamento contra apodrecimento e ataque de fungos. Assim toda essa gama de favorecimento faz com que a madeira com baixo custo de manutenção tenha vida útil acima de 50 anos, e ainda é uma das soluções para o setor habitacional no Interior da Amazônia”.

A construção em madeira representa uma das principais formas de minimização da emissão de carbono sendo considerado um processo de construção seco, mais ainda, porque a madeira extraída em áreas de manejo preserva as nossas florestas.

Nos Estados Unidos e no Canadá, em cada 100 pessoas, 80 vivem em casas de madeira. Isto não esta ligado apenas ao fato de serem as construções confiáveis, mas também porque possui numerosas vantagens sobre as casas de alvenaria.

Existe um grande potencial de desenvolvimento na indústria da madeira em função da grande área de floresta nativa na Amazônia e passiva de ser explorada via manejo sustentável. A possibilidade de fomentar indústrias de habitações pré-fabricadas em madeira, além de buscar suprir o déficit habitacional, permitiria alcançar objetivos como desenvolver um módulo tecnológico regional e alternativo para indústria da construção civil, gerando emprego em atividades industriais; impedindo a saída de matéria-prima (madeira) bruta, criando uma mentalidade preservacionista e realmente sustentável.

Autoria: a COOPERFLORA, autora deste projeto apresenta este material a título de sugestão. Como cada edificação a ser construída a partir deste material atenderá a realidades distintas, quando a Administração Pública optar por utilizá-la, a proposta deverá ser revisada e ajustada por um profissional habilitado, o qual, após complementações e modificações necessárias, deverá emitir ART de autoria dos projetos.

Área de Intervenção: A área mínima necessária para o terreno onde a edificação será implantada será em função dos limites municipais para o parcelamento imobiliário da área de intervenção e os afastamentos mínimos necessários para a implantação da unidade habitacional.

A edificação ocupa uma área de 61,00m² (incluído a calçada de proteção), deve-se levar em consideração a existência de aberturas em todos os lados da residência.

Área construída – 50,00m²

Área útil – 35,00m²

Varanda – 15,00m²

Deverá acompanhar os projetos a planta de localização do empreendimento (planta de situação), identificando os lotes nos quais as edificações serão construídas.

Documentação Técnica: A documentação a ser encaminhada à CAIXA para análise de empreendimentos com recursos do Orçamento Geral da União é composta pelos projetos aprovados de arquitetura, instalações elétricas e hidrossanitárias, memorial descritivo, planilha orçamentária, planta com localização das intervenções e ART dos projetos.

Para o início das obras e o primeiro desembolso, deverão ser encaminhadas as ART’s de execução e fiscalização das obras.

Estrutura: A estrutura foi dimensionada considerando a construção em solo de boa qualidade. Para execução sobre aterros ou outros tipos de solos e situação de implantação, deverá ser revisto o sistema estrutural a ser utilizado e as partes complementares necessárias à implantação das edificações, como muros de arrimo e ou terraplanagem. Sugere-se a utilização de formas de madeira para composição da viga baldrame.

Destinação de Esgotos: Obedecendo à legislação ambiental è obrigatória uma solução para o tratamento e destino dos esgotos.

Como solução de destinação de esgotos a planilha orçamentária foi elaborada adotando o sistema de destinação a ser apresentado em prancha especifica, que consiste num conjunto compacto de fossa séptica e sumidouro, executados com anéis em tijolo maciço com reboco em concreto.

Lixo e Meio Ambiente: Será disponibilizada uma coletora de lixo domestico comunitária a cada 2 unidades, lixeira construída em madeira. 

Orçamento: A planilha apresentada possui itens de serviços ajustados aos itens do Sistema Nacional de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI), que é o parâmetro oficialmente exigido para a aplicação de recursos do Orçamento Geral da União.

O orçamento contido neste trabalho refere-se à execução de serviços para construção de apenas uma unidade habitacional. Não foram considerados serviços como: placa de obra, canteiro e ligações provisórias. Para estes e outros itens adicionais recomendamos será elaborada planilha específica.

Projeto Construtivo:

Memorial descritivo particularizado:

Descrição Geral: O presente memorial descreve os métodos construtivos a serem utilizados e o padrão de acabamento para a construção de residência unifamiliar executadas em programas sociais, construção térrea, com: Sala, dois quartos, banheiro, cozinha, com área total de 35 m².

Métodos Construtivos: Canteiro de Obras, A Cooperflora executora das obras será responsável pelo fornecimento do material necessário à implantação das unidades, assim como pela mobilização, manutenção e desmobilização do canteiro de obras. Após a conclusão das obras a área de instalação do canteiro deverá estar nas condições idênticas às encontradas. Todos os serviços preliminares não previstos, como: instalações provisórias de energia e água, proteção do meio ambiente no entorno da obra e outros serão de responsabilidade da empresa executora, realizados com material próprio e sem ônus para o contratante.

Serviços Preliminares: Os lotes que receberão a edificação devem estar limpos, concluídas as obras de terraplanagem quando estas forem necessárias. As edificações não deverão ser construídas sobre aterros e solos que não apresente condições mínimas exigíveis de suporte para a obra; Raspagem e limpeza manual do terreno – executada antes da locação da obra, deverá ser retirada a vegetação existente, restos de materiais e demais empecilhos para a execução das mesmas;

Locação da Obra – executada com gabarito de madeira nas dimensões de projeto. Deverá ser afixada Placa de Obras padrão do programa em local de boa Visibilidade, segundo modelo definido pela CAIXA.

Estrutura: A estrutura é composta por baldrame.

  • Escavação Manual – As cavas de fundações deverão ser executadas nas dimensões mínimas de 40x25cm, niveladas e ter os fundos compactados.
  • Fundação direta – de concreto composta por viga baldrame.  Com armação de ferro 8mm. Após execução da fundação, esta deverá receber pintura impermeabilizante em 2 demãos;

Reaterro e Aterro Interno: O reaterro consiste na reposição do material escavado, complementando os vazios deixados pelos elementos estruturais e o aterro interno consiste numa camada de nivelamento e preparação para execução do contrapiso.

O material de reposição deve estar isentos de detritos e ser compactado em camadas de 20 cm de altura, em umidade ótima para compactação. Caso o material escavado não seja de boa qualidade, o reaterro deverá ser executado com material escolhido de jazida próxima. O aterro interno deverá ser executado com areia para aterro, visando diminuir o efeito de capilaridade da água do solo abaixo da residência e com isso, os danos decorrentes da umidade do terreno;

Concreto: A preparação do concreto deverá atender aos parâmetros definidos por norma, de maneira a atingir a resistência mínima de 20 Mpa, cabendo à fiscalização da obra, sempre que ocorrer dúvidas, solicitar provas de carga para avaliar sua resistência e qualidade. O cimento a ser utilizado deverá ser de boa qualidade, novo e ser condicionado em obra, quando necessário, segundo as recomendações de norma. O agregado graúdo a ser utilizado na mistura, deverá ser proveniente de britagem de rocha sã, isento de resíduos e materiais pulverulentos. A água destinada ao concreto deverá ser limpa e isenta de matéria orgânica.

Lançamento do Concreto: o concreto deverá ser lançado logo após o amassamento, não sendo permitido entre o fim desse e o início do lançamento, um intervalo de tempo superior a duas horas.

Deverão ser tomadas precauções para manter a homogeneidade do concreto, sendo que a altura de queda livre não poderá ultrapassar 2,00m. O sistema de transporte do concreto deverá permitir o lançamento direto, evitando depósitos intermediários e o adensamento deverá obedecer a todos os parâmetros de norma.

Paredes - Estrutura em Madeira: Superior e inferior em madeira de alta e media densidade com 35 mm de espessura, em comprimento modulados de acordo com o projeto, encaixados por sistema macho/fêmea, aplicadas no sentido horizontal, entre montantes maciços de 14 X 14 cm em madeira de alta densidade exceto paredes do banheiro que será em alvenaria.

Pé direito 3,00 m nos pisos inferiores e superiores. 

Pé direito da varanda abrigo de 14 x 14 cm em comprimentos conforme projeto e em madeira de alta densidade.

Esquadrias: todas as esquadrias receberão acabamento em pintura de esmalte sintético, conforme especificações abaixo:

  • Cozinha e sala receberão portas almofadadas em madeira, com e= 3,5cm, fechadura de latão cromado;
  • Quartos e banheiro receberão portas em madeira maciça, com esp. 3,5cm, fecho com tarjeta;
  • As janelas de correr, em madeira na sala e quartos. Janelas tipo basculante em madeira para o banheiro e cozinha, com dimensões conforme projetos.

Cobertura: O telhado, com inclinação e dimensões prevista em projeto, será executado em telha cerâmica tipo plan ou francesa, assentadas atendendo às exigências da especificação do fabricante. O madeiramento obedecerá às normas da ABNT, todas as peças da estrutura deverão ser de madeira com alta densidade devidamente tratadas, aplainada e aparelhada sem apresentar rachaduras, empenos e outros defeitos e seus encaixes serão executados de modo a se obter um perfeito ajuste nas emendas, composta por vigas, pranchas, caibros e ripas. Beiral liso com aproximadamente 60 cm de largura sem forro. Todo o madeiramento será em madeira de alta densidade tratada com CCA.

Forração: Composta de forro, meia cana e tarugo em madeira, inclinado nas salas e quarto e cozinha. 

Revestimento: A edificação receberá revestimento com cerâmica nas paredes do banheiro e parede da cozinha onde será instalada a pia e o tanque da área de serviço, em massa única com argamassa de cimento, areia e saibro (1:4),

Pisos e Pavimentos: Piso da edificação será executado em concreto isento de irregularidades, com caimento mínimo de 3 cm na direção do ralo para o piso no banheiro e na cozinha.

  • Lastro de Concreto – deverá ser executado lastro de concreto para piso, na espessura de 6cm;
  • Calçada – Ao redor da edificação deverá ser executada calçada de proteção em concreto magro, com espessura de 5cm e largura de 60cm, conforme projeto;

Acabamento – a sala e os quartos receberão assoalho em madeira, banheiro, cozinha e varanda receberão revestimento em cerâmica.

Instalações Hidrossanitárias: As instalações hidráulicas, de esgoto e água pluvial obedecerão às especificações contidas na planilha, bem como às normas da ABNT referentes, nas quantidades especificadas em projeto, serão instalados os seguintes equipamentos:

  • Cozinha – Bancada de pia em mármore sintético com dimensão mínima de 1,20m, torneira de parede plástica ½”, válvula plástica 1” com tampa, sifão plástico (tubo flexível);
  • Área de Serviço – Colocação de tanque em PVC ou mármore sintético, externo a casa, fixado pela parede e torneira de parede plástica ½”;
  • Banheiro – Lavatório e bacia sanitária em louça branca, caixa de descarga, chuveiro plástico com cano, torneira plástico para lavatório, ralo sifonado com fecho hídrico igual ou superior a 5 cm, com grelha plástica.

Instalações Elétricas: Deverão ser executadas nas quantidades previstas em planilha e de acordo com normas pertinentes da ABNT.

Pintura: A edificação receberá pintura a base de verniz marítimo externamente, esmalte sintético nas esquadrias e pintura a óleo nas barras lisas executadas nas áreas molhadas, conforme abaixo:

  • Pintura – deverão ser removidas manchas de óleo, graxa, mofo e outras. A pintura será executada em duas demãos, aplicadas com brocha para pintura, obedecendo a um intervalo de 12 horas entre as demãos.
  • Esmalte – Deverá ser aplicado nas esquadrias e observado as especificações e recomendações do fabricante da tinta a ser aplicada.
  • Pintura a óleo – será executada pintura a óleo 3 demãos sobre as barras lisas do box do banheiro, acima da pia, lavatório e tanque.

Vidros: Serão aplicados vidros fantasia 3 mm nas esquadrias do banheiro e lisos 3 mm nas janelas da sala, quartos e da cozinha, utilizando-se para fixação massa própria.

Limpeza Final: Deverá ser removido todo entulho do terreno, limpos e varridos os acessos. As pavimentações destinadas a polimentos e lustração, deverão ser polidos e lustrados em definitivo. As superfícies de madeira deverão apresentar perfeito estado e acabamento. Serão removidos quaisquer detritos ou salpico de argamassa endurecida nas superfícies das alvenarias e equipamentos, todas as manchas de tinta deverão ser cuidadosamente removidas, os vidros devem estar limpos assim como as esquadrias.

Especificações Básicas

Fundação: Fundação direta tipo baldrame, de concreto, cheios de concreto armado.

Parede: Sala, quartos e partes da cozinha terão paredes em madeira aplainada medindo 15 x 3,5 x 2,55 ctm, encaixadas nas vigas montantes. Paredes do Banheiro em alvenaria e revestimento interno com cerâmica.

Esquadrias: Portas externas em madeira com almofadas, acabamento em verniz, fechaduras de latão cromado, com maçanetas. Portas internas em madeira, pintadas com verniz. Janelas e básculas em madeira e pintura em verniz.

Cobertura: telhas cerâmicas tipo Plan, Francesa ou Romana, sobre estrutura de madeira sem tesoura.

Piso: Assoalho em madeira na sala e quartos e piso cerâmico no banheiro e cozinha, calçada de proteção em cimentado áspero.

Instalações Hidráulicas: Caixa d’água em fibra de vidro 500l, vaso e lavatório em louça branca, bancada de pia e tanque em mármore sintético, torneiras de plástico.

Instalações Elétricas: Eletrodutos em PVC, disjuntores termos-magnéticos, condutores em cobre com isolamento 750V, tomadas e interruptores .


Contato

COOPERFLORA - Cooperativa de Produção Florestal, Habitacional e de Desenvolvimento Sustentavel do Sudeste do Amazonas

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