MADEIREIRO COM MUITO ORGULHO
Há tempos que se disseminam nos mais diferentes ramos da sociedade o pensamento absolutamente errôneo, de que o madeireiro é o grande responsável pela devastação de florestas e pelos problemas ambientais, por ignorância dos que propagam, somado a outros interesses de que estas informações continuem obscuras.
Não é de hoje que tais idéias absurdas são propagadas aos quatro ventos sem que de maneira responsável seja discutido o tema, uma pessoa minimamente inteligente ira concluir facilmente o raciocínio que colocamos a seguir.
Partindo de um princípio lógico, a matéria prima da indústria madeireira são toras de madeira extraídas de maneira sustentável de florestas em pé, note isso, florestas em pé.
Já perceberam que toda vez que você assiste uma reportagem, onde correntões são utilizados para derrubar a floresta, ou então onde toda a floresta já está derrubada ou pegando fogo, de maneira instantânea se atribui aquele fato à indústria madeireira?
Ora, acabei de colocar, ao verdadeiro madeireiro a floresta só interessa em pé. Para o madeireiro real um campo de soja ou uma pastagem de nada interessa, o que nos interessa é a floresta em pé, de onde podem ser extraídas apenas aquelas árvores de aproveitamento comercial; para isso, ela precisa estar lá, de pé, preservando seu ecossistema e se regenerando para uma futura extração sustentável, dentro de mais alguns anos, sem que isso importe em exterminá-la, repito, a floresta só nos interessa em pé.
Por isso, é mais que correto dizer que o madeireiro é sim um guardião o curupira da floresta, e porque esta idéia do madeireiro como um guardião tem se propagado? Simples. Com o manejo florestal sustentável, a floresta cria um valor econômico, logo, seus proprietários não precisam derrubá-las para dar destinação agropastoril, ela preservada e utilizada de maneira sustentável tem enorme valor econômico, é ambientalmente correta, e ainda, é renovável, ou seja, poderá ser explorada futuramente.
O amigo leitor pode estar se indagando no seguinte sentido: Nem todas as florestas são exploradas de maneira sustentável! Infelizmente é verdade, apesar de afirmar que esta realidade tem mudado de maneira drástica, eu devolvo a pergunta de maneira retórica: Por acaso é melhor explorá-la dando a ela valor econômico sem derrubá-la, ou seria melhor colocá-la no chão? De certo que o leitor inteligente optará pela primeira.
Ainda nessa linha, e para que seja de uma vez por todas extirpada do senso comum a idéia de que madeireiro é inimigo da floresta, quando na verdade a nós ela só interessa se preservada e protegida, trago ainda outras reflexões: Você já deve ter ouvido falar em bancadas ruralistas, sim, são deputados federais e estaduais, além de senadores, que defendem os interesses de setores da economia de maneira ferrenha, agora lhe pergunto: Já ouviu falar em bancada da madeira? Não, ela não existe, por isso é mais fácil despejar as responsabilidades no madeireiro deixando a este todo o fardo ambiental.
É inegável que o mundo vive uma onda verde, e que preservar é preciso sim! E assuntos relacionados ao meio ambiente são corriqueiros na imprensa dada a importância do assunto, e é desta forma que o madeireiro encara isso, com responsabilidade.
O tema ambiental é tão sério e tem sido fortemente destacado da última década para cá, que a fiscalização sobre o setor madeireiro aumentou de maneira incomparável se visto a outros setores da economia, e por isso, mesmo admitindo que haja laranjas podres no setor como em qualquer outro ramo da sociedade, saiba caro leitor que nesta fiscalização ambiental existe muito corrupção e fiscal podre, até porque as instituições governamentais estaduais e federais estão rasgando a constituição federal na hora de elegerem estes fiscais ambientais.
O setor madeireiro orgulha-se em dizer que é um dos mais fiscalizados da nação, e que possui resultados satisfatórios, você já deve ter visto carga de madeira apreendida e isto merecendo destaque em grandes telejornais, o que você talvez não saiba, e ninguém se esforça pra lhe dizer isso, é que bem menos de 1% do que é produzido no setor madeireiro sofre alguma apreensão, ainda assim, a maioria é revertida depois de recursos judiciais. E agora? Qual outro setor trabalha de maneira tão legal?
Não bastasse a pouca representatividade política do setor, ou nenhuma, ainda existe uma mídia desinformada sobre o setor e que na maioria dos casos é vítima das citadas bancadas, este texto não tem por escopo afrontar a agroindústria nos seus mais diferentes setores, mas também não furta se ao debate, seu único objetivo é mostrar que o setor madeireiro nem de perto merece a imposição negativa que tem.
O grande mote do momento seja de políticos, ou ainda, de empresas e grandes corporações, é relacionar a sua imagem ao ambientalmente correto, citamos um exemplo pra ilustrar melhor: No programa do Faustão, em homenagem aos 45 anos da Rede Globo, a empresa carioca mencionava as milhares toneladas de ferro que utiliza, as milhares de toneladas de pregos que utiliza ao longo do ano para suas produções, mas sequer cita uma tábua de madeira, então usa os pregos pra fazer o que? Entendeu o raciocínio, nenhuma grande corporação, seja ela qual for, quer seu nome ligado ao consumo ambiental.
Logo, o mais fácil é apontar o dedo (mesmo que sujo) para um setor que há tempos sofre de boi de piranha para outros setores que não dão a destinação correta ao lixo que fabricam. os supermercados que não trocam as sacolas de plástico, e aquele sujeito que demora hoooooras no banho, tem tambem os ambientalistas hipocritas que moram em seus apartamentos cheios de mobilia e piso em madeira e ainda arrotão bacabas, não podemos nos esquecer das ONG´s fundações, os maus políticos e funcionarios publicos que estão mamando nas tetas da propina e do herario ambiental na cara de todos nós, onde nos parece que essa mafia verde encontra alento ao ter em quem jogar a culpa toda.
Acorda Brasil!
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